Com mais de 7 milhões de visualizações no YouTube do grudento vídeo "Oração", A Banda Mais Bonita da Cidade sabia que tinha para quem pedir dinheiro na hora de gravar o primeiro disco.
Apesar de sondados por gravadoras, decidiram que o orçamento de R$ 44 mil previsto para esse fim seria pago justamente pelos fãs, no mesmo esquema de financiamento colaborativo que, desde o começo do ano, tem bancado projetos de alguns músicos brasileiros.
Inspirados no modelo americano de "crowd funding", também usado para viabilizar filmes, teatro etc., sites como o Embolacha (www.embolacha.com.br) e o Catarse (www.catarse.me) são os intermediários entre artista e público investidor. O músico diz quanto precisa, o fã decide quanto vai dar.
Diego Reeberg, do Catarse, diz que projetos de música têm mais chances de dar certo do que outros. "Isso acontece porque o público consegue experimentar o trabalho antes de apoiar, ouvindo a banda, vendo clipes", afirma.
Hoje, 25% dos 160 inscritos no Catarse são projetos de música. "São a maioria", diz.
Bancar um artista em um site assim não tem nada a ver com "doação". Em contrapartida ao dinheiro investido, os "acionistas" têm privilégios, como receber ingressos para o show de estreia, ter o nome nos agradecimentos do encarte do CD ou ouvi-lo antes do resto da humanidade.
É a banda que define a "remuneração" e não há limites de criatividade para fazer o mecenas abrir sua carteira.
Os cariocas do Autoramas, por exemplo, prometeram dar a guitarra de estimação a quem contribuísse com R$ 5.000 para a gravação de CD.
Os pernambucanos do Mombojó, que querem R$ 30 mil para comemorar os dez anos de carreira com um show no Recife, trocam R$ 750 por uma parceria. O fã manda a música, eles fazem um arranjo e um vídeo.
Mais radical, a banda carioca Letuce assumiu muitos compromissos com os fãs nos próximos dias -tudo para fazer valer os R$ 19.333 que arrecadaram para a gravação do seu segundo álbum.
Venderam, por R$ 1.000 cada um, dois piqueniques na Quinta da Boa Vista, Rio. Vão levar a toalha, a cesta de comida, uma garrafa de vinho e, claro, o violão.
Segundo a experiência da vocalista Letícia, não foram os "mais íntimos" que apoiaram o projeto. "Minha mãe até deu um dinheirinho, mas, dos amigos com quem saio sempre, ninguém colaborou."
Ajuda 79 contribuições
Conseguiu R$ 19.333
Ajuda 134 contribuições
Pediu R$ 14 mil
Pediu R$ 44 mil
Conseguiu R$ 51.3011
Ajuda 880 contribuições
1. O artista inscreve seu projeto, dizendo quando precisa arrecadar. Escolhe os valores com os quais os fãs poderão colaborar e quais as recompensas
2. Se aprovado pelo site, o projeto vai ao ar (em geral com um vídeo promocional feito pelo artista). Os fãs começam a contribuir
3. Se o projeto arrecadar o valor total almejado, o artista recebe o dinheiro (descontada a taxa de administração do site, de 10% a 15%) e o público recebe as recompensas. Mas, se, ao final do prazo, o projeto não arrecadar 100% do valor previsto, o dinheiro retorna para os que haviam contribuído. É tudo ou nada
Apesar de sondados por gravadoras, decidiram que o orçamento de R$ 44 mil previsto para esse fim seria pago justamente pelos fãs, no mesmo esquema de financiamento colaborativo que, desde o começo do ano, tem bancado projetos de alguns músicos brasileiros.
Inspirados no modelo americano de "crowd funding", também usado para viabilizar filmes, teatro etc., sites como o Embolacha (www.embolacha.com.br) e o Catarse (www.catarse.me) são os intermediários entre artista e público investidor. O músico diz quanto precisa, o fã decide quanto vai dar.
Diego Reeberg, do Catarse, diz que projetos de música têm mais chances de dar certo do que outros. "Isso acontece porque o público consegue experimentar o trabalho antes de apoiar, ouvindo a banda, vendo clipes", afirma.
Hoje, 25% dos 160 inscritos no Catarse são projetos de música. "São a maioria", diz.
PRIVILÉGIOS
Bancar um artista em um site assim não tem nada a ver com "doação". Em contrapartida ao dinheiro investido, os "acionistas" têm privilégios, como receber ingressos para o show de estreia, ter o nome nos agradecimentos do encarte do CD ou ouvi-lo antes do resto da humanidade.
É a banda que define a "remuneração" e não há limites de criatividade para fazer o mecenas abrir sua carteira.
Os cariocas do Autoramas, por exemplo, prometeram dar a guitarra de estimação a quem contribuísse com R$ 5.000 para a gravação de CD.
Os pernambucanos do Mombojó, que querem R$ 30 mil para comemorar os dez anos de carreira com um show no Recife, trocam R$ 750 por uma parceria. O fã manda a música, eles fazem um arranjo e um vídeo.
Mais radical, a banda carioca Letuce assumiu muitos compromissos com os fãs nos próximos dias -tudo para fazer valer os R$ 19.333 que arrecadaram para a gravação do seu segundo álbum.
Venderam, por R$ 1.000 cada um, dois piqueniques na Quinta da Boa Vista, Rio. Vão levar a toalha, a cesta de comida, uma garrafa de vinho e, claro, o violão.
Segundo a experiência da vocalista Letícia, não foram os "mais íntimos" que apoiaram o projeto. "Minha mãe até deu um dinheirinho, mas, dos amigos com quem saio sempre, ninguém colaborou."
QUANTO VALE O SHOW
Projetos bem-sucedidos no esquema de mecenato coletivo Luísa Mandou um Beijo
Queria gravação do segundo álbumPediu R$ 5.000
Conseguiu R$ 5.986Ajuda 79 contribuições
Letuce
Queria gravar segundo álbum
Pediu R$ 16 milConseguiu R$ 19.333
Ajuda 134 contribuições
Autoramas
Queria gravar o quinto álbumPediu R$ 14 mil
Conseguiu R$ 14.562
Ajuda 149 contribuições A Banda Mais Bonita da Cidade
Queria gravar álbum de estreiaPediu R$ 44 mil
Conseguiu R$ 51.3011
Ajuda 880 contribuições
QUER GRAVAR?
Como funcionam os sites de financiamento coletivo 1. O artista inscreve seu projeto, dizendo quando precisa arrecadar. Escolhe os valores com os quais os fãs poderão colaborar e quais as recompensas
2. Se aprovado pelo site, o projeto vai ao ar (em geral com um vídeo promocional feito pelo artista). Os fãs começam a contribuir
3. Se o projeto arrecadar o valor total almejado, o artista recebe o dinheiro (descontada a taxa de administração do site, de 10% a 15%) e o público recebe as recompensas. Mas, se, ao final do prazo, o projeto não arrecadar 100% do valor previsto, o dinheiro retorna para os que haviam contribuído. É tudo ou nada
Fonte:folha
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