Em outubro, o cantor e compositor norte-americano Paul Simon vai completar 70 anos
Para os nostálgicos, Paul Simon é a parte mais conhecida da dupla Simon & Garfunkel e seus doces petardos folk dos anos 1960. Há ainda o grupo que se interessa por suas misturas rítmicas feitas a partir de 1986, quando Paul apresentou seu envolvimento com ritmos sul-africanos no badalado Graceland. Mais recentemente, houve novo interesse por sua obra, principalmente por parte do público mais jovem, a partir da referência explícita que a banda indie Vampire Weekend apresentou em seus dois álbuns (o de estreia, autointitulado, em 2008, e o mais recente, Contra, no ano passado).
Pois Paul Simon é hoje um senhor prestes a completar 70 anos (em outubro), que resolveu, depois do hiato de cinco anos, olhar para tudo o que fez para conceber So beautiful or so what, seu 11º álbum de estúdio desde 1972. O processo de gravação foi semelhante ao que realizou no início da década de 1970, quando começava sua incursão no universo dos artistas solo. Tudo gravado artesanalmente, um contraponto à tecnologia atual. Mas a sonoridade traz muito da espiritualidade adquirida em constantes viagens pelo mundo.
A faixa de abertura já enfatiza essa intenção. Getting ready for Christmas day traz trechos de homilia de mesmo nome feita pelo reverendo J. M. Gates durante a Segunda Guerra Mundial. Na faixa seguinte, The afterlife, Simon discorre sobre a existência depois da morte. Mais suave, Love & hard times é doce, com linda melodia. Dazzling blue busca as raízes da música americana. Há ainda um tema instrumental, Amulet. Tudo muito econômico, sem excessos (o álbum dura pouco mais de meia hora). Como escreveu Elvis Costello no encarte, é o trabalho de um homem “em plena posse de todos os seus dons, olhando para a comédia e a beleza da vida”. Isso são afeições que só o tempo dá.
Fonte:divirta-se.uai.com.br










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