Paul McCartney brilha muito na primeira noite do Rio


Com 45 mil ingressos esgotados desde as primeiras horas da venda, a platéia lotada do Engenhão, no Rio de Janeiro, esperava ansiosa para ver o Beatle Paul McCartney em sua volta relâmpago ao Brasil, na noite deste domingo (22). Às 21h45, a ansiedade deu lugar ao êxtase que só o legítimo rock'n roll pode proporcionar. Quando os primeiros acordes do clássico "Hello, Goodbye" começaram a encher os espaços do estádio de futebol, um coro extasiado começou a acompanhar o ídolo. Começou, e não parou mais.

Exibindo a mesma impressionante forma física e disposição dos shows em Porto Alegre e São paulo, no fim do ano passado, o garoto de Liverpool provou que estar às portas de completar 70 anos não é barreira para segurar a empolgação de uma audiência, com a mesma garra dos anos dourados dos Beatles. Foram quase três horas de um espetáculo vigoroso, bem à altura de sua história.

"Jet", hit do disco de maior sucesso dos Wings, foi a segunda música do playlist, seguida pelas conhecidas "All My Loving", "Letting Go" e "Drive My Car". Paul soube dividir bem o tempo que teve passeando entre os sucessos clássicos que compôs e executou ao lado de John, George e Ringo com as canções da parceria com sua mulher Linda e o amigo Danny Laine, nos Wings. O beatle engatou mais quatro pegadas fortes com pelo menos um sensacional solo de guitarra em "Long and Winding Road".

Abrindo uma parte mais "leve" do show, a platéia surpreendeu o astro mandando o bordão de um de seus maiores sucessos "She Loves You, yeah, yeah, yeah", recebendo um singelo "I love you" de volta. Nesse clima todo, nada como a balada "And I Love Her", deixa para um dos vários momentos românticos da noite. Seguiram-se "Blackbird" e "Here Today", que Paul dedicou ao amigo e parceiro John Lennon. A emoção tomou conta do público.

A música seguinte teria que levantar de novo os fãs já extasiados. E com a tarimba de 50 anos à frente de mega públicos, McCartney não decepcionou e mandou ver com "Dance Tonight", "Mrs. Vandebilt" e "Eleanor Rigby". Foi só mais um começo, de tantas fases marcantes dentro de um mesmo espetáculo. A belíssima "Something", dedicada mais uma vez a Harrison, teve sequência com "Ob-La-di, Ob-La-Da", Paperback Writer" e "Give Peace a Chance", entre algumas outras, para então chegar em uma de suas mais esperadas performances em todos os lugares por onde o Beatle leva a turnê "Up and Coming Tour": o superclássico "Let it Be". Um momento verdadeiramente especial, com Paul ao piano e um coral emocionado e brilhante de 45 mil fãs.

A plateia ainda queria mais e a balada tranquila de "Let it Be" deu lugar a "Live and Let Die", um dos temas de James Bond gravada originalmente por Paul em sua fase Wings. A galera pulou muito e encerrou com outro grande clássico: "Hey Jude". Os dois bis que o astro foi "intimado" a fazer trouxeram pérolas como "Day Tripper", "Get Back", "Yesterday" e culminaram com a derradeira "Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band", para saciar de vez a sede deixada pela ausência de 20 anos em terras cariocas. Na segunda-feira Paul fará seu segundo e último show desta passagem pelo Brasil, também no Engenhão. Superar esta noite de domingo vai ser difícil.






Fonte:otempo.com.br

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