Antes da entrevista com Cauby Peixoto pelo telefone, uma recomendação: falar bem alto, porque o artista tem um problema de audição; caso ele não compreenda a pergunta e desvirtue o assunto durante a resposta, a empresária dele, Nancy, pode tirar todas as dúvidas ao final da conversa. Nada que ofusque a mágica da oportunidade de se conversar por 15 minutos com um dos maiores nomes da história da música popular brasileira.
Embora tenha essas limitações normais para um senhor de 80 anos de idade, completados dia 10 de fevereiro, Cauby Peixoto ainda provoca inveja nos mais jovens por sua voz impecável. O artista é homem de palavras econômicas, que prefere não contar casos ou esticar assuntos, mas faz questão de, o tempo todo, cantar trechinhos de músicas que fazem parte da longa trajetória. “Nunca fiquei nervoso para subir num palco. Pode parecer presunçoso, mas cantar sempre foi uma coisa muito fácil para mim”, explica o homem perseguido por fãs histéricas nos anos 1950.
Para celebrar 60 anos de carreira fonográfica, em vez de se envolver em tradicional projeto de relançamentos, Cauby Peixoto aceitou o desafio da Lua Music: gravar três discos inéditos. Com previsão de que chegue às lojas dia 20 próximo, a caixa “Cauby, o Mito – 60 anos de música” contempla os CDs “A Voz do Violão” (versões intimistas para grande músicas), “Caubeatles” (versões para as mais românticas do quarteto de Liverpool) e “Cauby ao Vivo – 60 anos de música” (registro de sucessos, também em DVD).
A ideia de interpretar canções dos Beatles partiu da Lua Music, gravadora comandada por Thomas Roth. Oportunidade para o artista ter, finalmente, um contato maior com o maior sucesso radiofônico de todos os tempos. “Estou apaixonado pelos Beatles. Não os conhecia, passei a ouvir por causa desse projeto. Combinou bem com a minha voz porque sou um cantor de músicas românticas”, conta, inserindo na conversa um trecho da particular versão para “Michelle”.
Bastante acostumado a ser laureado com prêmios, Cauby Peixoto se viu bastante emocionado no mês passado, ao receber a homenagem da Academia Latina da Gravação, organizadora do Grammy Latino. Na festa realizada dia 27 de setembro, no Espaço Banespa, ele foi o primeiro brasileiro a receber um prêmio especial escolhido pelo presidente da organização, Gabriel Abaroa. Trata-se do “Latin Recording Academy’s President Merit Award” (Prêmio de Mérito do Presidente da Academia do Grammy Latino). A entrega foi feita pelo maestro espanhol Luis Cobos.
“Fiquei muito feliz por ser o único cantor do Brasil a ter esse reconhecimento do Grammy”, diz o artista, que guarda todos os presentes e bilhetinhos que os fãs lhe entregam até hoje. “Me sinto com saúde para trabalhar bastante e cantar”, completa Cauby Peixoto, que pretende sair em turnê de divulgação dos novos discos.
As homenagens não param por aí. Durante o Carnaval paulistano de 2012, a escola de samba Águia de Ouro vai coroar Cauby Peixoto como rei da Música Popular Brasileira – ao lado de Ângela Maria, que será a rainha. Com o samba-enredo “Tropicália! Da Paz e do Amor – O movimento que não acabou”, a agremiação pretende relembrar o talento de músicos como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Vanessa da Mata, Tom Zé e Jair Rodrigues, entre vários outros.
Nenhum desses projetos impediu a parceria entre o cantor e o Bar Brahma, localizado na famosa esquina das avenidas São João e Ipiranga. Há nove anos, toda segunda-feira, o público delira com as interpretações de “Ne Me Quitte Pás”, “Granada” e, claro, “Conceição”.
“Tem um jovem que sempre me paga uma garrafa de champanhe para eu cantar ‘My Way”, registra Cauby Peixoto. Mal sabe o fã que o artista não se cansa de interpretar esse clássico e recusa qualquer bebida alcoólica.
Ter disposição para uma maratona de shows e homenagens não é fácil aos 80 anos. O segredo está no jeitinho caseiro e reservado do cantor. Cauby Peixoto não é adepto de muitas badalações – inclusive, evita locais em que tenha de elevar a voz, para não prejudicá-la. Gosta de ficar em casa. Faz fisioterapia duas vezes por semana e a serenidade contribui para manter o estresse afastado. “Sou uma pessoa fácil de lidar, me dou bem com todas as pessoas”, garante ele.
Na vitrola dele não há preconceitos. O artista ouve os clássicos da MPB e está aberto a novidades. Afirma gostar de Jorge Vercillo, Ricky Vallen e, até mesmo, de Luan Santana. “Ele me lembra o Cauby de antigamente, por causa das meninas que o agarram e gritam por ele”, diverte-se Cauby Peixoto.
Fonte:informações hojeemdia.com.br
Embora tenha essas limitações normais para um senhor de 80 anos de idade, completados dia 10 de fevereiro, Cauby Peixoto ainda provoca inveja nos mais jovens por sua voz impecável. O artista é homem de palavras econômicas, que prefere não contar casos ou esticar assuntos, mas faz questão de, o tempo todo, cantar trechinhos de músicas que fazem parte da longa trajetória. “Nunca fiquei nervoso para subir num palco. Pode parecer presunçoso, mas cantar sempre foi uma coisa muito fácil para mim”, explica o homem perseguido por fãs histéricas nos anos 1950.
Para celebrar 60 anos de carreira fonográfica, em vez de se envolver em tradicional projeto de relançamentos, Cauby Peixoto aceitou o desafio da Lua Music: gravar três discos inéditos. Com previsão de que chegue às lojas dia 20 próximo, a caixa “Cauby, o Mito – 60 anos de música” contempla os CDs “A Voz do Violão” (versões intimistas para grande músicas), “Caubeatles” (versões para as mais românticas do quarteto de Liverpool) e “Cauby ao Vivo – 60 anos de música” (registro de sucessos, também em DVD).
A ideia de interpretar canções dos Beatles partiu da Lua Music, gravadora comandada por Thomas Roth. Oportunidade para o artista ter, finalmente, um contato maior com o maior sucesso radiofônico de todos os tempos. “Estou apaixonado pelos Beatles. Não os conhecia, passei a ouvir por causa desse projeto. Combinou bem com a minha voz porque sou um cantor de músicas românticas”, conta, inserindo na conversa um trecho da particular versão para “Michelle”.
Bastante acostumado a ser laureado com prêmios, Cauby Peixoto se viu bastante emocionado no mês passado, ao receber a homenagem da Academia Latina da Gravação, organizadora do Grammy Latino. Na festa realizada dia 27 de setembro, no Espaço Banespa, ele foi o primeiro brasileiro a receber um prêmio especial escolhido pelo presidente da organização, Gabriel Abaroa. Trata-se do “Latin Recording Academy’s President Merit Award” (Prêmio de Mérito do Presidente da Academia do Grammy Latino). A entrega foi feita pelo maestro espanhol Luis Cobos.
“Fiquei muito feliz por ser o único cantor do Brasil a ter esse reconhecimento do Grammy”, diz o artista, que guarda todos os presentes e bilhetinhos que os fãs lhe entregam até hoje. “Me sinto com saúde para trabalhar bastante e cantar”, completa Cauby Peixoto, que pretende sair em turnê de divulgação dos novos discos.
As homenagens não param por aí. Durante o Carnaval paulistano de 2012, a escola de samba Águia de Ouro vai coroar Cauby Peixoto como rei da Música Popular Brasileira – ao lado de Ângela Maria, que será a rainha. Com o samba-enredo “Tropicália! Da Paz e do Amor – O movimento que não acabou”, a agremiação pretende relembrar o talento de músicos como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Vanessa da Mata, Tom Zé e Jair Rodrigues, entre vários outros.
Nenhum desses projetos impediu a parceria entre o cantor e o Bar Brahma, localizado na famosa esquina das avenidas São João e Ipiranga. Há nove anos, toda segunda-feira, o público delira com as interpretações de “Ne Me Quitte Pás”, “Granada” e, claro, “Conceição”.
“Tem um jovem que sempre me paga uma garrafa de champanhe para eu cantar ‘My Way”, registra Cauby Peixoto. Mal sabe o fã que o artista não se cansa de interpretar esse clássico e recusa qualquer bebida alcoólica.
Ter disposição para uma maratona de shows e homenagens não é fácil aos 80 anos. O segredo está no jeitinho caseiro e reservado do cantor. Cauby Peixoto não é adepto de muitas badalações – inclusive, evita locais em que tenha de elevar a voz, para não prejudicá-la. Gosta de ficar em casa. Faz fisioterapia duas vezes por semana e a serenidade contribui para manter o estresse afastado. “Sou uma pessoa fácil de lidar, me dou bem com todas as pessoas”, garante ele.
Na vitrola dele não há preconceitos. O artista ouve os clássicos da MPB e está aberto a novidades. Afirma gostar de Jorge Vercillo, Ricky Vallen e, até mesmo, de Luan Santana. “Ele me lembra o Cauby de antigamente, por causa das meninas que o agarram e gritam por ele”, diverte-se Cauby Peixoto.
Fonte:informações hojeemdia.com.br










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