A vida aos 50 anos

Não faz muito tempo que, quando o sujeito chegava aos 50 anos, já era considerado um velho, com direito a aposentadoria, impotência sexual, jogo de bocha, passeios com associações de auxílio aos idosos e tardes no parquinho com os netos.

Isso tudo mudou. Não só pelo aumento da média de vida no Brasil e no mundo (há um século, era próximo de 50 anos. Hoje é acima de 74 anos). Mas também pela simples constatação de que um homem aos 50 apenas começando a sua maturidade.

Não, a vida não começa aos 40 e muito menos aos 50. Mas a verdade que está por trás desta crença é a capacidade de aproveitar a vida em seus aspectos mais interessantes, o que é um privilégio dos cinquentões. Entenda esse conceito item por item:

Profissão
Depois de meio século de vida e algumas décadas de trabalho, o sujeito normalmente se defronta com duas verdades: 1- Não há mais carreira para ele; 2- E quem quer uma carreira a essas alturas? O trabalho é importante, nesse momento, como uma expressão das suas qualidades, experiências e até da sua própria alma. Por isso, não há preocupação de ocupar cargos com nomes pomposos. Claro que o trabalho também continua sendo importante para pagar contas, ainda mais que a aposentadoria é sempre uma perspectiva modesta e incerta. Além disso, perde-se totalmente a competitividade dos outros anos. Não interessa o que o outro fez ou faz: ele nunca será você. E vice-versa.

Sexo e relacionamentos
Essa é um mito. Mas só para os homens que não fizeram ainda 50 anos ou para as mulheres, que não usufruíram a companhia destes coroas. Claro que há mudanças — algumas para pior, outras para melhor. A potência diminuiu um pouco, sem dúvida, mas a libido não. Para alguns, até aumenta, fruto da própria vontade de viver plenamente. Sexo é o resultado deste estado espírito.

Família
Ao longo dos 30 e até 40 anos, há uma natural concentração na própria família, ou seja, nos filhos. Eles provavelmente são pequenos ou adolescentes e solicitam muita atenção. Aos 50 provavelmente estão crescidos, mas mesmo que não estejam, o cinquentão já entendeu que família não é apenas criar filhos. É uma ampla rede articulada que mantem a sua estrutura emocional. Aos 50 anos, a família ganha mais importância e há um leve e saboroso resgate dessas emoções.

Sociedade
Aos 50 anos o seu nível de tolerância começa a mudar radicalmente. Você não aceita pessoas, grupos ou atividades dos quais você nunca gostou e exclui de sua vida. Mas há uma tolerância maior com os indivíduos — uma compreensão mais ampla do que são as pessoas, de suas fraquezas e qualidades. Por isso, os cinquentões se relacionam facilmente com todos os tipos de gente, independentemente do extrato social.

Saúde
Sim, com certeza aos 50 anos os riscos são maiores. Alguns, infelizmente, chegam nessa idade com doenças crônicas ou graves. Mas não todos — aliás, apenas uma minoria. É possível ter boa saúde aos 50 anos mesmo tendo um passado de fumante, de stress, de balada ou de maus tratos. O importante é ficar ligado nos riscos mais comuns de doenças que ocorrem nessa idade e procurar se cuidar. Por que, afinal, como prega o dito popular, “saúde é tudo”.







Fonte: Alfa

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