O cantor Psy se apresenta nos Estados Unidos: versão axé patrocinada por lâminas de barbear (Michael Kovac/AFP)
Para vislumbrar a transformação que se anuncia, é preciso primeiro entender como as coisas funcionam hoje. Para começar, o YouTube não paga o artista, mesmo que a música dele renda um baita volume de acessos. O que um músico ganha pela exibição de um arquivo com uma de suas canções vem dos anúncios publicados pelo site dentro do vídeo. Os valores variam de acordo com a popularidade do canal em que o conteúdo está publicado, mas, em geral, o artista recebe uns 10 centavos de dólar a cada 1000 visualizações de um vídeo com anúncio ou, no melhor caso, 10 centavos a cada vez que alguém clica no anúncio. Em dezembro, o clipe da música Gangnam Style, do sul-coreano Psy, uma sátira do bairro dos novos ricos de Seul, atingiu 1 bilhão de visualizações – o maior número já registrado pelo YouTube. Embora o vídeo tenha tornado o rapper e sua dança do cavalinho famosos no mundo todo, e estimativas de mercado sugiram que ele lucrou mais de 8 milhões de dólares por causa dele, apenas 870 000 desse montante saíram do YouTube. Se Psy, que conseguiu um número enorme de visualizações, faturou apenas isso, imagine um artista comum?
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