Preço do ingresso: você está certo em reclamar


O Procon-SP entrou no encalço das maiores organizadoras de eventos e distribuidoras de ingresso em São Paulo por taxas abusivas.

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor entregou ao Ministério Público um dossiê com uma série de irregularidades cometidas por algumas empresas bastante conhecidas por aqueles que adoram ir a um show, como a Time For Fun e a Livepass.

Os problemas mais frequentemente relatados se referem às cotas para meia entrada e à cobrança da taxa de conveniência, muitas vezes inadequada. Com esse dossiê, os dois órgãos pretendem trocar informações para lidar melhor com as empresas, aumentando as punições para aquelas que já tenham sido autuadas e continuarem com as práticas irregulares. As punições podem chegar ao ponto de obrigar a empresa a interromper temporariamente a venda de ingressos até que a situação volte a se regularizar.

No dossiê, além da Time For Fun (que já conta com 23 autuações) e da Livepass (duas autuações), também constam a Ingresso Fácil e a Planmusic (também duas autuações cada), que juntas somam um total de R$ 4,6 milhões em multas desde 2001.

O diretor de fiscalização do Procon, Renan Ferraciolli, afirmou que “Sempre acompanhamos o assunto e notamos que as empresas vinhasm reiterando algumas práticas. Compartilhamos esse material com o Ministério Público, que também acompanha a questão há tempos.”

As três principais irregularidades praticadas pelas empresas geralmente se resumem ao estabelecimento de cotas para a meia-entrada, a pré-venda para os clientes de algum cartão de crédito, sem informar quantos ingressos ainda serão destinados aos outros consumidores e a taxa de conveniência, quando cobrada em percentual sobre o valor do ingresso.

Segundo Ferraciolli a pré-venda para quem tem o cartão de crédito sem informar quantos ingressos sobram é discriminatória, e a cobrança da taxa de conveniência vem sendo feita de modo indevido: “A cobrança é válida desde que seja efetivamente uma conveniência, no caso de a pessoa morar longe da bilheteria, por exemplo. Mas não deve ser cobrada em percentual. É um abuso diferenciar as taxas conforme o valor do ingresso. A conveniência é a mesma”, explicou.

As empresas citadas foram procuradas, mas a Time For Fun não se pronunciou, Ingresso Fácil e Livepass não retornaram as ligações e a Planmusic não irá se pronunciar pois o processo, mesmo em estado final, ainda está na Justiça.






Fonte: estadão

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