Cachaça "Pau do Índio" pode causar aborto


"Pau do Índio" é vendida perto de uma das entradas do Parque do Povo

Apesar de proibida no interior do Parque do Povo, em Campina Grande, a bebida conhecida como "Pau do Índio" está sendo vendida livremente a poucos metros de um dos portões de entrada do complexo junino, bem ao lado do palco principal.

A bebida tem forte teor alcoólico, graças à mistura de diversos tipos de plantas e até de rapadura derretida. A produção artesanal, sem inspeção da Vigilância Sanitária, o elevado percentual de álcool e o uso de ervas transformam a bebida em um produto perigoso e controverso.

Dentre uma série de reações, há suspeitas de que a bebida provoque alucinações e até abortos. A polêmica chegou ao setor de Biologia e Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba, onde algumas pesquisas foram realizadas. Uma delas detectou que há uma variedade de receitas comercializadas sob o nome genérico "Pau do Índio".

O levantamento também mostrou que, no total, somando as inúmeras receitas, até 26 plantas, com perfis toxicológicos variados, são usadas na produção.

O servente de pedreiro Gilmar Mendonça Nascimento, 30 anos, que vende a bebida no portão de acesso ao palco principal do Parque do Povo, garante que seu produto não é perigoso. "Uso raiz de cravo, canela, rapadura e a brejeira", explica Gilmar, que vende até 300 doses nas noites mais movimentadas. A brejeira é uma espécie de cachaça muito forte e comum no brejo paraibano. Apesar do veto à venda interna, as pessoas compram a bebida e a levam para dentro do complexo junino.






Fonte: Informações Terra

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