Patti Smith a "poetisa do rock" novo auge aos 65 anos

Capa do disco "Banga", de Patti Smith





Em quase 40 anos de carreira, Patti Smith fez apenas 11 discos. O mais recente deles, "Banga" (o título foi tirado do nome de um cachorro do livro "The Master and Margarita", do russo Mikhail Bulgarov), acaba de ser lançado no Brasil. Nele, a cantora deixa claro por que conquistou o título de "poetisa do rock". É um dos melhores álbuns a sair em 2012.

"Banga" é o primeiro trabalho de inéditas de Smith em oito anos - nesse período, ela lançou apenas um disco de covers, "Twelve", em 2007. É também seu álbum mais elogiado pela crítica desde a década de 1970, quando ela surgiu misturando uma forte influência do nascente movimento punk com referências literárias como Arthur Rimbaud e William Blake.

A combinação do rock mais básico com letras densas e quase eruditas, surgida em discos como "Horses" (1975) e "Easter" (1978), continua intacta em "Banga". Há canções sobre a cantora Amy Winehouse ("This Is the Girl") e o cineasta Andrei Tarkovsky ("The Second Stop Is Jupiter"), sobre a descoberta da américa ("Amerigo") e o desastre nuclear de Fukushima ("Fuji-San").

Outros destaques são "Seneca" e "Constantine's Dream", em que Smith recita longos poemas do mesmo modo que fazia no início da carreira (impossível não lembrar de "Birdland", faixa do disco "Horses"), e a faixa que fecha o álbum, uma versão de "After the Gold Rush", de Neil Young (Smith e Young, aliás, farão uma turnê conjunta nos Estados Unidos no final do ano).

Para o New York Times, "Banga" prova que Patti Smith não sente o peso da idade (ela completa 66 anos em dezembro). Segundo o Guardian, ela nunca cantou tão bem quanto neste disco. E, para a BBC, este é seu melhor disco desde o primeiro, "Horses". "Ninguém mais faz discos de rock tão ricos, poéticos e sensuais como este", elogiou a emissora.







Fonte: Informações US

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