Música na medicina


Essa semana, veio a notícia de que Charlotte, uma britânica de sete anos, despertou do coma após ouvir uma música de Adele. Também recentemente, Robin Gibb, depois de passar duas semanas em coma, acordou enquanto ouvia Bee Gees, banda que havia ajudado a formar.

Até o momento, os médicos ainda não conseguiram explicar exatamente porque isso acontece, mas o efeito da música é simplesmente impressionante.

Ouvir que alguém está fazendo ‘musicoterapia’ tem se tornado bastante comum nos últimos tempos. O principal uso tem sido com autistas, portadores de Alzheimer e pessoas com problemas de coordenação motora, mas aqueles que fazem tratamento psicológico também aderiram ao tratamento.

Nos casos em que é necessário controlar a ansiedade da pessoa, geralmente usam aquelas músicas bem calmas, de relaxamento mesmo, estilo Enya e Lorena McKennitt. Lógico que alguns são mais legais – por exemplo, para relaxar seus pacientes meu dentista gostava de colocar Apocalyptica no som. Fiz a extração mais dolorida da minha vida ao som de One (Mettalica, versão do Apocalyptica*).

Desde o fim da Segunda Guerra, em 1944/45, os profissionais dos Estados Unidos já faziam pesquisas sobre isso. Por aqui, só em 1970 começou a aparecer a primeira turma de musicoterapeutas do Brasil. Nas sessões de musicoterapia, um grupo se integra mais do que nas terapias de grupo sem a atividade musical, sempre com resultados muito bons. Sem encontrar muita resistência de médicos, pacientes, funcionários e familiares, as canções começam a invadir cada vez mais os hospitais.

Além dos casos em que o grupo tocam a mesma coisa, existem canções que funcionam como estímulos especiais para cada pessoa. E aí é que entra a parte legal: as músicas particulares que causam efeitos especiais em cada um. Esse aqui é um breve exemplo que acontece com os vovôs e vovós portadores de Alzheimer, quando ouvem alguma coisa que sempre gostaram:


Nos casos de pessoas que despertam do coma, geralmente as histórias envolvem essas músicas específicas. Apesar de não existir um estudo científico que desvende o motivo exato e a área específica do cérebro que faz com que a pessoa retorne à consiência, alguns estudos comprovam que diferentes áreas do cérebro são estimuladas ao mesmo tempo, relacionadas à memória, sensações, imaginação e coordenação motora. A música acaba sendo uma carga de informação muito forte para o cérebro, que unida às lembranças da pessoa e demais sensações, tem esse poderoso efeito positivo.

Ou seja: saber qual é a música das pessoas que você gosta é mais importante do que parece! Ah, e já apareceu no Globo Repórter: musicoterapia. (‘o que é?’, ‘o que come?’, ‘como se reproduz?’)

 

*Ah, ficou interessado na versão do Apocalyptica para “One”? Recomendo:











Fonte: Pop

Um comentário:

  1. Adoro músicas!
    Trabalho com alunos excepcionais que só se acalmam e interagem aos ouvirem musicalidade.
    Bjoks, meu Orfeu.

    ResponderExcluir

Seu comentário será publicado depois de moderado